O Convento da Nossa Senhora da
Arrábida, que pertenceu à Província Franciscana de Arrábida, fica meio
escondido entre as árvores da vertente sul da Serra de Arrábida, virada para o
mar. Esta construção do século XVI foi outrora um mosteiro franciscano. Está
hoje inclusa no Parque Natural da Arrábida. As cinco torres redondas sobre a
falésia foram provavelmente usadas para meditação solitária.
A fundação de um Convento na Serra da Arrábida
data de fins de 1538-1539, quando Dom João de Lencastre 1º Duque de Aveiro
prometeu a Frei Martinho (Martín de Santa Maria Benavides), um religioso
andaluz da Ordem de São Francisco, cumprir o seu desejo de levar uma vida
eremítica e dedicada exclusivamente a Nossa Senhora.
O duque cedeu-lhe a Serra da Arrábida, onde já se existia
uma ermida aberta ao culto em que se venerava a imagem conhecida por Nossa
Senhora da Arrábida. É nessa altura que para lá vem São Pedro de Alcântara
ajudar o seu parente, o frade espanhol referido acima, a reformar esta
província franciscana que se transforma na primeira do seu ramo conhecida por
Ordem dos Capuchinhos.
D. Jorge de Lencastre, filho do primeiro Duque de
Aveiro, continuou as obras no Convento da Arrábida e fez construir uma cerca
para vedar a área do convento. Mais tarde, D. Álvaro de Lencastre, seu primo,
mandou edificar a hospedaria que lhe servia de alojamento e projectou as
guaritas, na crista do monte, que ligam o convento ao sopé da montanha,
deixando, no entanto, três por acabar. Em 1650, D. Ana Manique de Lara, viúva
do duque de Torres Novas e nora de D. Álvaro, mandou construir duas capelas.
Por sua vez, o filho de D. Álvaro, D. António de Lencastre, mandou edificar o
Santuário do Bom Jesus.
Neste Convento viveu Frei Agostinho da Cruz.
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