Fundado, em 1131, com a
aprovação e incentivo de D. Afonso Henriques, para a Ordem de Santo Agostinho,
foi a casa conventual com mais influência na cidade, tendo contribuído para o desenvolvimento
cultural, económico e político do País.
Da
época românica pouco resta, uma vez que, no século XVI, foram executadas
grandes reformas e obras de restauro e alargamento da casa monástica, promovidas pelos reis D.
Manuel I e D. João III. O grande destaque destas reformas cai inteiramente
nos túmulos reais de D. Afonso Henriques e do seu filho e sucessor, D. Sancho
I. Até à data os fundadores do reino encontravam-se
em campa rasa no nártex da igreja românica. Após o alargamento da igreja, com a
construção de uma nova capela-mor, foi dada a dignidade merecida através da
encomenda dos túmulos reais, a Nicolau de Chanterenne. As arcas tumulares,
colocadas frente a frente, são enquadradas por retábulos pétreos, marcadamente
do gótico final, mas onde a decoração manuelina impera e a renascentista começa
a querer evidenciar-se. Em 2003 a igreja é reconhecida como Panteão Nacional,
em Diário da República – I série, Lei 35/2003 de 22 de agosto.
O
Mosteiro de Santa Cruz, durante os primeiros tempos da nacionalidade, foi um
importante centro de estudos teológicos nacional e internacional, reconhecido
pela sua vasta biblioteca e pelo seu scriptorium, onde os crúzios,
se dedicavam à cópia de livros. Foram muitas as figuras que aqui estudaram;
exemplo disso foram, Santo António, o poeta Luís de Camões, entre outros.
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