Destinado essencialmente ao isolamento da comunidade
monástica, era um local aprazível e sereno que permitia a oração, a meditação e
o recreio dos monges da Ordem de S. Jerónimo.
Projectado por Diogo de Boitaca, que
iniciou os trabalhos no começo do século XVI, foi continuado por João de Castilho a
partir de 1517 e concluído por Diogo de Torralva entre 1540 e
1541. Pelo seu valor e simbologia, o claustro do Mosteiro dos Jerónimos
representa um dos monumentos mais significativos da arquitectura
manuelina. De duplo piso abobadado e planta quadrangular, apresenta na sua
decoração a originalidade deste estilo, ao conjugar símbolos religiosos
(elementos da Paixão de Cristo, entre outros), régios (cruz da Ordem Militar de
Cristo, esfera armilar, escudo régio) e elementos naturalistas (cordas e
motivos vegetalistas que coabitam com um imaginário ainda medieval, de animais
fantásticos).
Na ala norte do claustro inferior encontra-se
o túmulo de Fernando Pessoa, da
autoria de Lagoa Henriques, executado em 1985.
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